Olá, tudo bem? Eu tenho certeza que uma dúvida deve ainda estar pairando aí na sua cabeça: Universidade Corporativa – Preciso mesmo dela?
Bom, eu acho que sim e vou convencer você disso também. Olha só, eu participei de uma matéria na revista Época Negócios que falava sobre “Quer estudar? Vai para a empresa!”. Ou seja, as empresas estão assumindo também o papel de educar e ensinar. E por que isso? Porque a gente está tendo uma lacuna e uma falta de preparo dos profissionais, e as empresas não encontrando recursos nas universidades em torno dela, capazes de suprir essa necessidade, tem assumido essa bagagem.
Quer dizer, eu preciso que esse colaborador tenha um conhecimento mais técnico, um conhecimento mais comportamental… Eu tenho universidades que o prepara para isso? “Ah, tenho de uma forma genérica, profundamente não”. As empresas olham para isso e falam “ok, então eu assumo isso!”. Com isso, montam um plano de ensino e ensinam a competência deseja para o negócio, que é crucial para o desenvolvimento da empresa.
A partir disso, vou convidar profissionais de fora ou então da própria empresa e vou instrui-los a como multiplicar esse conhecimento e me ajudar a desenvolver essas pessoas. Isso se tornou muito forte! A GE trouxe isso em meados da década de 80, mas o ápice tem se alcançado nos últimos anos, justamente porque as empresas estão parando e fazendo essa reflexão de “poxa vida, eu preciso desenvolver a minha empresa e, para isso, preciso ter pessoas preparadas para esse desafio. Eu encontro do mercado? Não. Ok, então eu vou desenvolver aqui dentro”.
Com isso, as empresas assumem o papel de educar e montam uma escola e para trabalhar seus profissionais. O sistema de educação corporativa vem com esse propósito de eliminar aquelas lacunas, aqueles processos de aprendizado e trabalhar isso de forma sadia, fazendo com que as pessoas que estão envolvidas no negócio sejam valorizadas, e sintam que estão sendo de fato desenvolvidas, motivadas a aprender algo novo e por aí vai.
Por isso, a matéria da revista trouxe o título que mencionei no início. Quer dizer, quer estudar, vai para empresa, porque as empresas estão se preparando para eliminar esse problema. E quando eu falo em um sistema de educação corporativa, olha só o que a Eboli (2014) diz: “a evolução de um sistema de treinamento para um SEC (sistema de educação corporativa) ocorre a partir do momento em que a gente passa a considerar a gestão de competências em vez do STD (sistema de treinamento e desenvolvimento)”.
Então, quando falo na importância de eu ter uma universidade corporativa dentro do meu negócio, eu estou falando de um algo bem maior. Olha só, eu gosto muito de dizer que a educação corporativa é um elefante perto da formiguinha, que a gente pode trabalhar dentro de um T&D. E só para completar e reforçar a importância de uma universidade corporativa, eu trago algumas diferenças entre o T&D e a Educação Corporativa.
O T&D tem como objetivo desenvolver habilidades; o foco está no aprendizado individual; o escopo é tático; sua ênfase está nas necessidades individuais; o local é um espaço real; e como resultado apresenta o aumento das habilidades.
Já a EC tem como objetivo desenvolver competências críticas; o foco está no aprendizado organizacional; seu escopo é estratégico; a ênfase é nas estratégias de negócios; o público é interno e externo; o local pode ser um espaço real e virtual; e o resultado é o aumento da competitividade.
Olha só, de forma simples, o T&D desenvolve habilidades, enquanto na educação corporativa a gente reforça a competências críticas. Com isso, fica claro que o T&D é um aprendizado individual; já no sistema de educação corporativa há um aprendizado organizacional, porque estou desenvolvendo todos com um único propósito, um mesmo objetivo, onde tenho no T&D um escopo mais tático e na educação corporativa um escopo muito mais estratégico, com alguns exemplos e que já citei nos textos anteriores.
A ênfase no T&D está nas necessidades individuais, e no sistema de educação corporativa as necessidades do negócio. Então, eu olho de forma mais ampla, quer dizer, o que eu preciso que essas pessoas tenham de conhecimento para que eu possa levar a minha empresa adiante. É algo coletivo, ao passo que, quando falo de T&D é muito local e limitado. O sistema de educação corporativa é muito mais amplo, pois uso variadas metodologias de aprendizagem, vários temas…
E o resultado de um T&D normalmente é o aumento de habilidades. Eu tenho pessoas muito mais hábeis. Mas, quando falo do resultado de implantação de um sistema de educação corporativa, me refiro ao aumento de competitividade. Lembra que falei no texto anterior sobre as escolas de ensino regular? Quem estava preparado para o ensino híbrido, para o ensino a distância, se sobressaiu em relação às escolas que não estavam preparadas para essa fase que a gente passou? Ok, então é um pouco disso que a gente difere entre educação corporativa e simplesmente T&D.
A gente se vê no próximo encontro. Até lá!
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