Níveis de avaliação para o seu treinamento

E aí, tudo bem? Eu não podia deixar de falar sobre níveis de avaliação. E aí, escolhi como referência o autor Donald Kirkpatrick, traz quatro níveis bem interessantes de avaliação. O primeiro nível é o nível de reação que tem a natureza do “gostaram? Curtiram tudo isso?”. A questão aqui é saber quanto o treinando gostou daquilo que a gente passou para ele. Então, por exemplo, de 0 a 10, qual foi o nível de satisfação do nosso treinando em relação ao conteúdo que foi repassado para ele? Essa avaliação de reação pode ser feita através de um formulário que você pode imprimir no caso de um treinamento presencial, ou no Google Forms, ou na própria plataforma LMS, pois algumas já oferecem essa opção de avaliação de reação. O objetivo dela é saber, principalmente, se o treinando gostou, ou não, do que foi repassado para ele, ok?

O segundo nível é o de aprendizado, da natureza do “aprenderam? Entenderam? O quanto vocês aprenderam do conteúdo?”. Isso a gente pode fazer através da de algumas avaliações formativa ou somativa, ou simulações que você também pode fazer. Isso vale tanto para a modalidade de ensino presencial quanto a distância. Esse nível de avaliação é aplicado logo após o treinamento. Acabou, a gente já aplica o nível de avaliação de aprendizado.

O terceiro nível é o de comportamento. Então, será que os alunos estão utilizando aquilo que foi repassado para eles, como estão aplicando isso no dia a dia? Isso, a gente faz através da mensuração do desempenho. Eu gosto de fazer esse nível de comportamento uns 30 ou 40 dias 40 dias depois do treinamento, porque já deu tempo do aluno absorver aquilo que é necessário, de aplicar aquilo que foi repassado para ele, e tem também uma opinião sobre aquilo que foi repassado para. Então, fazer isso 30 dias depois, até 45 dias depois, é muito bacana até para a gente ver o quanto ele melhorou. É importante fazer essa avaliação tanto com o treinando, quanto com o superior dele, perguntando para o superior ele melhorou de desempenho, se reduziu os seus erros, se aumentou a sua performance etc.

Por fim, temos o nível de resultado, quer dizer, qual foi o retorno desse investimento? A gente obteve um retorno de tudo o que foi investido? Aumentamos as vendas? Reduzimos as perdas? Melhoramos a nossa produtividade? É fazer uma análise de custo-benefício, falando realmente numa linha muito mais estratégica.

Bom, agora que já sabemos dessas diferenças, podemos entrar um pouco mais a fundo nessas questões de avaliação, Benjamin Bloom (1993) diz em seu livro Manual de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar, que a avaliação do processo de aprendizagem é dividia em três funções: avaliação diagnóstica, somativa e formativa. A diagnóstica fazemos antes com o treinando, para avaliar o quanto ele sabe sobre aquele determinado assunto, o que vai dar uma noção de onde a gente tem que partir.

A avaliação somativa ou formativa é uma avaliação subsequente à avaliação somativa. É conhecida também como uma avaliação classificatória, com a função de medir e classificar o aprendizado do treinando no final do curso ou em linhas intermediárias. Nessa avaliação, é dado ao treinando uma nota de 0 a 10 o quanto ele aprendeu. Em algumas plataformas LMS você já insere essa avaliação e personaliza alguns. Por exemplo, o aluno vai receber o certificado se atingir 70% de aprovação.

E aí, nós temos a avaliação formativa, que tem a função de acompanhar o desenvolvimento do treinando. Então, nela, a gente vai dando alguns feedbacks sobre os possíveis erros e acertos do treinando ao longo de todo o treinamento. Com isso, eu não deixo para fazer uma correção de rota lá no final, só na hora que acabou tudo. Vou conseguindo fazer isso de forma intermediária. Aí, você vai dizer para mim, Dani, mas eu ensino a distância, como é que eu faço isso? Você pode intercalar, por exemplo, alguns encontros remotos, fazendo algumas webconferências com esses treinados para dividir o conhecimento deles, principalmente naqueles treinamentos mais longos. Então, se não for possível um encontro presencial, fazer um encontro no através de um bate-papo, de uma webconferência, para ir medindo o conhecimento desse treinando. Quem também pode fazer isso é o supervisor direto do aluno, acompanhando a evolução ao longo do treinamento. Com isso, fazemos um acompanhamento constante do aluno.

Eu fico por aqui. Mas a gente se vê em breve, até mais!

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