Olá, tudo bem? Olha só, a gente falou em outro texto sobre a forma de pesquisar, organizar e selecionar todos os conteúdos. Só que isso daí ficou muito vago! Poxa, como é que eu faço isso? Como é que eu organizo? Tem algum recurso ou formulário? Algum meio aí para eu fazer isso da melhor forma possível?
Tem, sim! Então, vou falar de uma forma bem simples para você ver como a gente pode fazer o relatório de análise contextual, para contextualizar esse programa de aprendizado, e como a gente vai fazer a matriz Educacional. Começando por uma análise do contexto e da situação. Aqui, algumas perguntas são importantes para você se situar melhor enquanto conteudista ou multiplicador. A primeira é: a relação das necessidades de aprendizagem.
O que a gente precisa, o porquê precisamos ensinar. Isso está ligado a uma estratégia da empresa, mas trata-se de entender o porquê as pessoas têm que aprender aquele conteúdo. Segunda questão: qual é a característica do treinando? Isso a gente já viu lá no fluxo de soluções: qual é idade, se tem experiência digital, se tem uma formação mínima, se já tem um pré-conhecimento sobre aquele determinado assunto, média de idade, tempo de empresa, enfim. Cite um pouco mais sobre as características desse treinando!
Terceiro ponto: faça uma análise das possíveis restrições e obstáculos. Por exemplo, na filial lá do Nordeste, como é em campo aberto, há problemas com internet. Então, nesse caso, isso vai ser um obstáculo grande, porque esse ensino para o pessoal vai ser a distância, ou seja, vou precisar melhorar mais a minha infraestrutura de internet. Um outro obstáculo: as pessoas não vão poder fazer o treinamento no horário de trabalho. Enfim, a gente vai ter que fazer uma análise da situação e dos possíveis obstáculos que o processo de ensino vai enfrentar.
O último ponto é a nossa proposta de ferramentas e soluções educacionais. Vamos propor uma avaliação antes do curso? Uma experiência prática no final? A gente vai ter quiz intermediário? Vamos fazer uma gamificação para estimular o engajamento do treinando? Enfim, também fazer um overview aí das nossas propostas e soluções educacionais para isso. Então, essas quatro questões iniciais é o que compõem a nossa análise contextual, ok?
Muito bem! A gente passa agora para o desenvolvimento da Matriz, que é a organização de tudo aquilo que a gente tem que ensinar. Lembra do nosso exemplo do gerente comercial que tem que treinar sua equipe em função de um novo produto a ser disponibilizado na empresa? Então, agora a gente vai organizar tudo isso. Que tal organizar o conteúdo em módulos? Vamos supor que parte desses treinandos da equipe comercial são novatos e estão integrando agora o time. O que você acha de a gente fazer um primeiro modo mais institucional, falando sobre a empresa como um todo? Olha só, principais clientes, campo de atuação, aonde ela quer chegar… Por que não fazemos isso? Um módulo mais institucional, de boas-vindas!
E aí dividindo isso em unidades, como se fossem capítulos. No primeiro capítulo desse módulo de boas-vindas, a gente vai fazer uma pré-avaliação. Aqui, quero saber o que esses novatos até os mais experientes da empresa sabem sobre o mercado que atuam, sobre o perfil de clientes, enfim, vamos fazer uma pré-avaliação, como uma unidade inicial. Na segunda unidade das boas-vindas podemos fazer um vídeo em que o dono da empresa, ou presidente, diz olá ao treinando, recepciona ao programa etc. E aí eu posso dividir também em objetos de aprendizagem, tanto em vídeo, no caso das boas-vindas do presidente, ou mesmo uma carta, por exemplo, escrita toda essa fala, para que aquele que gosta mais de ler possa receber essa informação.
Na matriz Educacional eu descrevo também o objetivo, o porquê essa informação é importante e qual é o papel do treinando nisso, como deve recepcionar essa informação, quais são os conteúdos que eu devo abordar, os objetos de aprendizagem, de acordo com a sua criatividade, se aplica ou não uma avaliação e o tempo que esse que essa informação deve durar. É muito importante mensurar esse tempo, sabe por quê? É a soma de todos esses tempos que vai me dar a carga horária do Programa de Treinamento.
Bom, vamos falar de outro módulo para ficar mais claro. Pensando, agora, no módulo 2. Como se trata de um segundo módulo, eu vou usar uma unidade para falar sobre o objetivo de aprendizagem, ou seja, o que o treinando vai ver. Mas, em um segundo momento, posso convidar o técnico que fez o produto, por exemplo, no caso de um treinamento presencial, para que venha bater um papo com os alunos. Posso fazer isso também em recursos multimídias, vídeos, podcasts etc.
Para complementar, vou disponibilizar para o treinando uma cartilha com o passo a passo, os benefícios, as vantagens e as características do produto objeto do treinamento. Isso porque o que eu falo, talvez, pode entrar por um ouvido e sair pelo outro, mas o que ele lê é muito mais fácil de compreender. É apenas uma forma de replicar a mesma informação de um jeito diferente, em um modelo impresso, visual, para reforçar ainda mais absorção daquele conhecimento. Olha só, assim, teremos aquilo que ele ouviu, aquilo que ele leu e o que ele visualizou através de figuras, animações e tudo mais.
Bom, então todas essas informações, de forma bem detalhada, eu vou colocando nessa Matriz Educacional, que é a organização de todas as informações que você vai repassar, independentemente do método e da modalidade, se é presencial ou à distância, ou híbrido. Coloco tudo na Matriz, especificando os objetos e os recursos de aprendizagem que vou usar, e como vou explorar cada um deles dentro daquele determinado tempo.
Isso é uma forma de organização, é um plano de aula, é uma ordem que favorece tanto o treinando, porque ele vai saber o que vai aprender e de que forma vai aprender; e favorece mais ainda o multiplicador, que vai saber o que passar e de que forma passar essa informação. Espero que você aproveite o que eu apresentei a respeito da Análise da Matriz Educacional para o desenvolvimento e a organização do seu programa de treinamento. A gente volta a se falar em breve. Até mais!
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